ACAP: 46 ANOS
FAZENDO ARTE
Há 46 anos, surgiu a ACAP, graças ao empenho de artistas interessados em se unirem numa associação de arte. Quando uma entidade de arte comemora seu aniversário, estão de parabéns a própria entidade, os fundadores agora homenageados, Vera Sabina e Rodrigo de Haro, os artistas associados, o público espectador.
Na exposição que ora se apresenta para lembrar a data de fundação da ACAP, reúnem-se 26 artistas associados para mostrarem seus trabalhos, e o fazem expressando-se nas mais diferentes linguagens: pintura a óleo, acrílica e aquarela, desenhos, gravuras, fotografias, esculturas e técnicas mistas. Para homenageá-los, este texto de apresentação foi composto com excertos das falas dos artistas¹. Assim, de início, cabe perguntar e constatar: "De onde vieram / as sementes / que aqui brotaram? / Não importa / O vento as trouxe / A terra as acolheu / Vingaram / E agora / nos regalam / com rica diversidade / em harmonia².
Parodiando Ortega y Gasset³, o artista é ele próprio e suas circunstâncias. Volta-se para si, olha o mundo, estabelece uma conversa dentro e fora de si mesmo, elabora ideias, reúne tudo e exclama: Levai-me, caminhos! Sobrevivi! Aqui estou! Um grito traduzido em cores e pinceladas, vindo da alma do artista. E transforma tudo em imagem. Faz arte, porque tem esperança, porque acredita. Deseja que boas conexões surpreendam positivamente, e as novas experiências ampliem o sentimento de pertencimento, pois hoje, como amanhã, há que se cuidar das asas e das velas no aguardo que os bons ventos soprem. E quando as circunstâncias se apresentam adversas, ou sempre que algo tocante acontecer, o artista sente-se compelido a extrair deste mundo e de dentro de si os elementos que compõe sua arte.
Diante de tudo o que vê e sente, o artista experiencia, esteticamente, os limites e diferenças entre o figurativo e o formalismo, transcendendo os padrões de estereótipos construídos pela sociedade, no intuito de acalentar e acariciar o que se acolheu, dando-lhe um novo valor. Ou expressa-se em autorretratos abstratos em linhas e cores que o movem em direção a uma forma de vida representacional que opta por não olhar para fora, mas para dentro, onde emoção e espírito transparecem. E não importa que venham as moiras, responsáveis pelo sopro, pela essência da vida, e pelo destino de cada um, pelos ciclos, reinícios e renovações. O artista confia em si e prioriza a forma como receber, acolher ou não cada encontro, para ,só então, ressignificar e internalizar a mudança necessária.
O artista confia em si, quando escava a pedra fazendo com que se manifestem, a cada nova carícia que a mão proporciona, as nuances das cores escondidas no seu interior, ou faz retratar a beleza como um cristal que se destaca da terra escura. Ou na imagem que remete à vista aérea de uma paisagem. Ou quando ressignifica paisagens, e, na memória original do ventre materno, pensa no elemento água como aquilo que protege, habita, sacia e abraça. E confia.
O artista vive este tempo e faz dele sua morada poética, descobre ninhos para se abrigar, refletir e construir, como o guarda-chuva viajante, que encontra o lugar onde talvez possa ficar, ou no convite da artista que se vê, como abelha, polinizando para frutificar amor, alimento, flores, numa saudação à vida. Generosamente, o artista oferta sua obra, que se abre em luz ao público sensível, como a artista que concebeu sua obra em homenagem aos fundadores da ACAP, num diálogo de cores com a exuberante paisagem. Ou como o que compactua com o tempo e o deixa agir sobre a superfície de um objeto, corpo, papel ou tecido, dando lugar a uma presença, sinal de uma existência. Ou como o que lamenta a demolição de antiga construção, soterrando milhares de memórias vinculadas às tradições culturais da ilha da magia.
Em seu ninho de reflexão, no entanto, o artista abarca todo o universo, e, poeticamente, percebe, no seu voo, a pequena menina que corre, pula e faz sua coleção de conchinhas para melhor dizer do tempo afetivo, histórico e geográfico. Ou o artista observa as pedras, memória ativa sempre em transformação. Ou, por meio de ambientações idealizadas, fonte de autoconhecimento, deseja recriar todo o universo que o circunda. Ou do que retrata, como denúncia e formas de resistência, a situação vivida por mulheres colombianas na atualidade.
Ao apreciar uma exposição de arte, o espectador ativa a consciência de que está usufruindo de um momento de reflexão, confronto, indignação, autoconhecimento, deleite, enfim, um momento de aprendizagem. Nesse contexto, e durante, depois e sempre, como expresso pelo poeta, quem visita uma exposição de arte irradia a luz do sentimento de "ter sido visitado pela graça"⁴.
Zulma Borges
Amiga da ACAP
¹ A ideia inicial de compor o texto dessa forma é de Maria Esmênia, artista visual e secretária atual da Instituição. Os artistas contemplados que oferecem suas falas para a composição escrita estão descritos na imagem acima do texto. Optou-se por não colocar as falas entre aspas e citar o nome dos artistas autores para não interferir no aspecto visual do texto e porque as falas foram adaptadas para permitir sua integração e conexão.
² Angela Souza, artista visual.
³ "Eu sou eu e minha circunstância" é parte da frase "Eu sou eu e minha circunstância, e se não salvo a ela, não me salvo a mim", do filósofo espanhol José Ortega y Gasset, Foi publicada na introdução da obra Meditaciones del Quijote, 1914.
⁴ Emil Cioran, poeta romeno (1911-1995), radicado na França.
HOMENAGEADOS
A Associação Catarinense dos Artistas Plásticos (ACAP), fundada em 18 de março de 1975 por um grupo de renomados artistas, mantém como objetivo e compromisso, a promoção e divulgação dos bens culturais e artísticos de Santa Catarina. Não se pode falar em arte catarinense sem que o nome da ACAP seja mencionado e valorizado. Os mais expressivos nomes da cultura e da arte catarinense estão perfilados, tais como Martinho de Haro (in memorian), Franklin Cascaes (in memorian), Ernesto Meyer Filho (in memorian), Pedro Paulo Vecchietti (in memorian), Rodrigo de Haro, Max Moura (in memorian), Eli Heil (in memorian) e Vera Sabino, entre muitos outros que alcançaram, inclusive, renome internacional. Ao longo dos seus 46 anos de existência, proporciona através de seus artistas associados, a divulgação de várias manifestações artísticas, religiosas e culturais de Santa Catarina que engrandecem a cultura como um todo. Nessa exposição, são homenageados dois artistas por sua extensa dedicação pela associação e pela arte como um todo. Vera Sabino e Rodrigo de Haro participaram da fundação da associação, e demonstram até hoje o comprometimento pela arte catarinense, explanada nos temas que compõem suas obras.
VERA SABINO
A artista, que reside em Florianópolis, possui como marca registrada a técnica usada por ela em suas obras, com tinta acrílica usando como suporte o eucatex. Foi uma das fundadoras mais jovens da ACAP, apresentando em suas obras a temática voltada para as histórias que ouviu quando criança: "as bruxas de Cascaes, as histórias da ilha, os santos, as igrejas, as flores e as figuras femininas". Vera tem trabalhos espalhados por diversas regiões do mundo, como China, Açores, França e África do Sul. Tem em seu currículo cerca de 40 exposições, englobando mostras internacionais. Coleciona também diferentes prêmios, como a Medalha do Mérito Cultural Cruz e Sousa (2009).
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1. Eleição Bruxólica. Acrílica sobre Eucatex. 80 cm x 70 cm. 1998. 2. Sapato do Sabiano. Acrílico sobre Eucatex. 100 cm x 70 cm. 1998.
RODRIGO DE HARO
Rodrigo de Haro é poeta, intelectual, pensador, mosaicista e artista multifacetado. Nasceu em Paris e mudou-se em 1939 para o Brasil, residindo atualmente na cidade de Florianópolis. O artista que foi um dos fundadores da ACAP, é filho do artista renomado Martinho de Haro. Além de Membro da Academia Catarinense de Letras, Rodrigo de Haro recebeu a Medalha do Mérito Cultural Cruz e Sousa no ano de 1997. Entre muitas obras que fazem parte da sua produção, o artista possui obras em espaços públicos, como o mosaico que fica localizado nas paredes do prédio da Reitoria da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
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1. Sem título. Desenho em grafite sobre papel. 44 cm x 31,5 cm. S/ data.. 2. A sonâmbula. Gravura sobre papel. 30 cm x 39 cm. S/ data. Ambas as obras fazem parte do acervo do Museu de Arte de Santa Catarina. e estão disponíveis através do site da instituição.
ASSOCIADOS
ALBERTINA PRATES
MOIRAS, da mitologia grega, são responsáveis pelo sopro, pela essência da vida e pelo destino de cada um. Pelos ciclos reinícios e renovações. Pelo controle do tempo e pela predição do futuro.
Moiras. Desenho e acrílico sobre tecido emborrachado. 2,70 m x 1,40 m. 2020.
ANGELA MACKRODT
A Série "Esmeraldas Líquidas" traz paisagens ressignificadas por mim com outros materiais, e tem como objetivo primeiro a fotografia autoral de um tema que nasceu de muitos instantes com a essência da natureza na sua forma mais genuína e marcante para os seres vivos: a água. Como na memória original do ventre materno, penso no elemento água como aquilo que protege, habita, sacia e abraça. Assim como poesia, tento trazer para o meu trabalho "o pulsar do sentido da vida".
Série "Esmeraldas Líquidas". Fotos/colagem sobre tela. 30 cm x 40 cm. 2021.
ANGELA SOUZA
De onde vieram / as sementes / que aqui brotaram? / Não importa / O vento as trouxe / A terra as acolheu / Vingaram / E agora / nos regalam / com rica diversidade / em harmonia.
Migrantes. Pastel Oleoso sobre papel. 50 cm x 65 cm. 2018.
DAVID RONCE
Este autorretrato abstrato é parte de um processo em que o subconsciente trava uma batalha com o meu emocional, e eu espontaneamente realizo por meio da minha intuição. Três linhas e cores que me movem em direção a uma forma de vida representacional que opta por não olhar para fora, mas para dentro, onde emoção e espírito transparecem. Incorpora diferentes formas de estruturas que se cruzam em torno da face.
ASP - 35. Pastel, grafite, guache e lápis de cor sobre Papel Hahnemuhle 190 g/m². 13 cm x 19 cm. 2021.
ELENICE SILVEIRA
Nesta composição, a tela apresentada com excesso de informações pode representar tudo que tenho sentido e vivido, ao mesmo tempo, nesses últimos meses.
Além do óbvio. Acrílico sobre tela. 50 cm x 60 cm. 2021.
ELIANE VEIGA
"Paisagem" iniciou com observação e investigações de líquens na natureza. Os líquens foram fotografados num caula de araucária em Governador Celso Ramos, onde a câmera foi aproximada o suficiente para ocultar o caule e mostrar somente os líquens. A intenção era mostrar uma floresta em miniatura, uma paisagem aérea.
Paisagem. Fotografia. 21 cm x 15 cm, 2021,
GAVINA
São xilogravuras de ambientações idealizadas, fantasiosas, fonte de prazer e autoconhecimento, demandas do desejo de criar por meio do desenho botânico e todo o universo que o circunda. "Peri" faz parte da Série Natureza, com a introdução da cor e do olhar mais elástico das paisagens; não existe fidelidade geográfica ou botânica.
Peri. Xilogravura sobre Papel Canson 300 g/m². 76 cm x 96 cm. 2019.
GELSYR RUIZ
"Renascer' - Fênix nasceu das próprias cinzas. Neste trabalho, faço menção à paisagem maculada em nome do progresso e suas consequências sociais e ambientais. Um grito do artista traduzido em cores e pinceladas, descrevendo uma figura, um ser da natureza, vigilante, vindo da terra, do céu, das matas, do mar, da alma do artista...
Renascer. Série Grito da Natureza. Técnica mista sobre pano americano. 0,80 m x 1,10 m. 2021.
ISOLETE DOZOL
Não posso voar, mas faço projetos para tal. Hoje, como amanhã, cuidarei das asas e das velas no aguardo que os bons ventos soprem.
À espera. Aquarela sobre Papel Moulin du Roy 600 g/m². 37,5 cm x 28,5 cm. 2021.
JAIME BAIÃO
Wuhan... nunca soube onde era nem o que lá acontecia... até a ameaça, o envolvimento, o sofrimento e a morte. E com a sobrevida sentada em minha sala, conversamos dentro e fora de nós mesmos... Assim nasceu a ideia que se tornou uma imagem...
Pessoa e pandemia e outras conversas. Óleo e acrílica sobre tela com acabamento digital. 70 cm x 40 cm. 2020.
JANETE MACHADO
Há que se esperar que boas conexões surpreendam positivamente, e as novas experiências ampliem o sentimento de pertencimento. Encontros geram a oportunidade em acolher esse novo, com o propósito de crescimento, ganho e evolução. Na vida, seja no ambiente de trabalho, nas experiências do lazer, nos relacionamentos, enfim, na dinâmica do dia a dia, os encontros são frequentes, e padrões e frequências são mesclados. O mais importante é a forma como recebê-los, acolhê-los ou não, para só então ressignificar e internalizar a mudança que se apresenta.
Intersecção. Acrílica sobre tela. 1,60 m x 1.16 m. 2021.
JEAN RODRIGUES
Escultura realizada no processo de pesquisa de formas. Faz parte de um conjunto de 15 peças do qual se originou a exposição "Branco, Prata e Pérola". Consistia em, na prática, experimentar os limites e diferenças entre o figurativo e o formalismo, compreendendo assim, o processo de abstração.
Sentinela. Escultura em Resina Poliéster. 60 cm x 15 cm x 10cm. 2019,
JOSÉ CARLOS DA ROCHA
O inimigo invisível apropria-se do meu corpo! Procuro minha vida. O ar fica rarefeito. Pensamentos giram e borbulham diante das incertezas. Aonde vou? O infinito está a espera? Quem conduz? Quem desvela? Sobrevivi! Aqui estou!
Resistência Thanatus. Monotipia e tinta acrílica sobre papel. 42 cm x 29 cm. 2020.
JÚLIA STEFFEN
A obra faz parte da série "Mujeres en Guerra", que retrata, por meio da denúncia e formas de resistência, a situação vivida por mulheres colombianas na atualidade. "Libres como el águila" explicita a violência contra mulheres indígenas e a dominação sofrida sobre seus territórios, corpos e família, protagonizada por diferentes grupos armados.
Libres como el águila. Colagem e óleo sobre tela. 120 cm x 80 cm. 2019.
LEANDRO SERPA
Chagas são feridas, presenças estampadas no corpo, na carne, com sangue, ferro e fogo, memória e tempo. Sangue, suor e fluídos corporais estampam uma presença, atribuída a Jesus histórico, no sudário de Turim. São marcas, registros, presenças de algo que passou. Chagas é uma gravura, um monotipo criado pela ação da matéria e tempo sobre a superfície de um objeto, corpo, papel ou tecido. É, antes de tudo, uma presença, sinal de uma existência.
Chagas (22). Monotipia sobre lona crua em imersão com óxido de ferro. 73 cm x 108 cm. 2020.
MARIA CRISTINA GIRALT
A essência da pedra revela-se a cada martelada que compõe o impulso criativo, as nuances, as cores escondidas no seu interior manifestam-se a cada nova carícia que a mão proporciona. Embora dilacerada, resulta numa forma harmoniosa, condizente com a natureza ao meu redor, que sempre me inspira.
Dálmata Blue. Escultura em basalto azul-esverdeado. 31 cm x 24 cm x 10 cm. 2021.
LUAH JASSI
Dancemos o "Passo da Abelha"! Dança típica grega, ainda hoje existente e cultivada no país, onde a abelha admirada é símbolo de riqueza, já tendo estampado moedas. As abelhas habitavam o planeta muito antes de a humanidade existir, mas o ser humano virou as costas para a natureza, tornando-se necessário chamá-las de volta para amenizar as perdas. Produtoras de alimentos riquíssimos, são essenciais no combate à fome, são agentes polinizadores das flores e educadoras no cooperativismo. Portanto, vamos polinizar para frutificar amor, alimento, mais flores, e... Viva a Vida!
Polinizar para frutificar. Acrílica sobre tela. 1,20 m x 1,20 m. 2020.
MARIA ESMÊNIA
Lembranças com imagens que se interpenetram e guardam tesouros de um tempo vivido. Este era o meu pinheiro, minha araucária. Eu acreditava que ela fora plantada para mim. Como lembranças tão raras da vida têm tal poder de imaginação? Levai-me caminhos! Como disse o poeta.
Paisagem Memória. Aquarela e colagem sobre papel. 30 cm x 40 cm. 2021.
MARIETTE VAN SANDE
Em homenagem aos artistas fundadores da ACAP, concebi este trabalho, que inclui recortes de obras desses pioneiros. Na impressão digital pintada à óleo de uma das praias mais emblemáticas de Florianópolis, os personagens surgem com outra roupagem, num diálogo de cores com a exuberante paisagem.
Tributo aos pioneiros. Óleo e colagem sobre impressão digital de fotografia em Canvas. 42 cm x 60 cm. 2021,
MARILENE DE ORLEANS
Observo amiúde todo tipo de elemento da natureza. Nas telas, usei arbusto, tocos de árvores, terra, carvão, cinza e palha de bambu. Ao envolver o arbusto com a palha, tive o intuito de acalentar, acariciar esse elemento, dando-lhe um novo valor.
Além da Natureza I. Carvão, terra, tocos de árvores, palha de bambu e acrílica sobre tela. 63 cm x 63 cm. 2020.
MEG TOMIO ROUSSENQ
"Pedras" - Trabalhos que integram séries de aquarelas que foram feitas durante 2020. Tem como objeto intencionado a "Pedra", símbolo do corpo moldado pela natureza que ali se mantém como memória ativa sempre em transformação. Minhas pedras são a carne do tempo que carregam.
Toda Pedra tem Pequenos Jardins. Série "Pedras". Aquarela sobre Papel Hahnemuhle 300 g/m². 19 cm x 19 cm. 2020.
NELMA CAMARGO
Com a chegada da epidemia em 2020, meu olhar para a natureza, para sua reprodução e proteção, ficou muito mais aguçado, pois trata-se de um momento complexo na história da humanidade. As pessoas foram obrigadas a permanecerem isoladas. Privadas de liberdade, passaram a representar essa agonia e suas aspirações. Aqui represento um guarda-chuva que viaja pelo mundo e depara-se com uma grande árvore. O guarda-chuva viaja, está livre e, no caminho, ele encontra esse lugar paradisíaco onde existe o que precisa e, quem sabe, ali possa ficar.
O Guarda-chuva encontra a Grande Árvore. Técnica mista. 53 cm x 80 cm. 2020.
ONILDO BORBA
Construção em estilo arquitetônico eclético, rica em detalhes, iniciada em 1925 e completada em 1928, com serviço de bar, confeitaria e restaurante, o Trapiche do Miramar servia como embarque e desembarque de passageiros entre a ilha e o continente, situado nas proximidades da Praça XV. Abandonado em razão das intervenções urbanísticas na região, foi demolido em 24 de outubro de 1974, soterrando milhares de memórias vinculadas às tradições culturais da Ilha da Magia.
Trapiche do Miramar. Acrílica sobre tela. 50 cm x 70 cm. 2020,
RODRIGO SILVESTRE
O movimento de libertação do corpo feminino em sua essência, transcendendo os padrões de estereótipos construídos pela sociedade. Quebra de estigmas e paradigmas para a libertação e melhora da autoestima da mulher.
O Corpo como Forma de Expressão!. Escultura em argila com pintura acrílica. 21 cm x 14 cm x 10 cm. 2020,
SOLI
O mar reflete o brilho do sol. A pequena menina corre, pula e faz sua coleção de conchinha. Cansada, senta debaixo da frondosa árvore e admira a praça da Enseada do Brito, a bela Igreja Nossa Senhora do Rosário, os casarios aos pés do Morro do Cambirela, sem saber que muitos anos atrás seus antepassados portugueses ali desembarcaram.
Enseada do Brito. Acrílica sobre tela. 1,00 m x 0,80 m. 2019.
TAMARA NOWASCKY
Esta peça retrata, na beleza jovial da mulher Anita Malfatti, a exuberante riqueza da inspiração da artista, como um cristal que se destaca da terra escura.
Anita Malfatti. Argila preta queimada a 1.050 °C. 40 cm x 39 cm x 15 cm. 2020.